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Camarão-louva-deus-pavão: o crustáceo que revela os segredos da visão animal

Entenda sobre a visão animal e como pode ser diferente que a visão humana

Você já ouviu falar do camarão-louva-deus-pavão? Apesar do nome, ele não é um camarão, mas sim uma lagosta (Odontodactylus scyllarus) que habita o fundo dos oceanos tropicais e subtropicais. Esse pequeno crustáceo, que mede cerca de 40 centímetros e pesa de 12 a 90 gramas, chama a atenção por suas cores vibrantes e por sua impressionante força física. Não é à toa que também é conhecido como camarão-palhaço ou lagosta-pugilista, já que suas patas dianteiras são capazes de dar um soco a incríveis 110 km/h — um golpe tão poderoso que pode quebrar conchas e até vidros de aquário.

Mas, embora essa habilidade seja fascinante, o que mais intriga os cientistas é a forma como ele enxerga o mundo. A visão animal desse crustáceo é uma das mais complexas da natureza e revela o quanto ainda temos a aprender sobre a diversidade dos sentidos.

Como funciona a visão humana

Antes de mergulhar nos olhos extraordinários do camarão-louva-deus-pavão, vale lembrar como a nossa própria visão funciona.

A luz entra pelos olhos, atravessa a córnea, a pupila e o cristalino, passa pelo humor vítreo e chega à retina, onde estão os fotorreceptores. Esses receptores podem ser de dois tipos: cones, responsáveis pelas cores, e bastonetes, responsáveis pela percepção de contrastes e movimentos.

Nós, humanos, possuímos três tipos de cones que detectam o azul, o verde e o vermelho. Essa combinação nos permite distinguir cerca de um milhão de cores diferentes. É muito, mas nem se compara ao que outros animais podem perceber.

Além disso, nossa visão é considerada binocular, já que os campos visuais dos dois olhos se sobrepõem em um ângulo de até 180 graus. Isso nos garante noção de profundidade. Ainda assim, alguns animais possuem sistemas que permitem enxergar até 360 graus, como os coelhos e certas aves de rapina.

A limitação da visão humana frente ao arco-íris

O espectro visível para nós corresponde apenas às cores do arco-íris. Já os cães, por exemplo, possuem apenas dois cones — azul e verde — o que limita sua paleta visual em relação à nossa. Mas quando comparamos com o camarão-louva-deus-pavão, percebemos que somos nós que ficamos para trás na escala da visão animal.

Entenda sobre a visão animal e como pode ser diferente que a visão humana

O superpoder do camarão-louva-deus-pavão

Esse crustáceo colorido possui entre 12 e 16 tipos de cones em sua retina — cerca de cinco vezes mais do que nós. Isso significa que ele pode enxergar cores no infravermelho e no ultravioleta, além de ter acesso a uma paleta de aproximadamente um trilhão de cores.

Parece inimaginável, não é? Se um arco-íris já é espetacular para nossos olhos humanos, imagine como deve ser para um camarão-louva-deus-pavão??

Mas as surpresas não param por aí. Seus olhos também são trinoculares, ou seja, cada olho sozinho consegue enxergar um objeto em três ângulos diferentes. Além disso, são capazes de detectar luz polarizada, algo que nossos olhos não reconhecem. Esse tipo de percepção pode ser usado para se orientar no ambiente ou até para se comunicar com outros indivíduos da mesma espécie.

A beleza invisível do mundo animal

Pensar na visão animal é um exercício de humildade. Enquanto acreditamos que nosso olhar capta toda a beleza do mundo, a realidade é que enxergamos apenas uma fração do que existe. Há cores, formas e brilhos que simplesmente não conseguimos imaginar, mas que estão ao alcance de outros animais, como o camarão-louva-deus-pavão.

Será que, vivendo nas profundezas, esse crustáceo já admirou um arco-íris submarino invisível para nós? Como seria perceber nuances que ultrapassam em muito a nossa paleta limitada?

Essas são perguntas que não podemos responder, mas que nos fazem refletir sobre a diversidade da vida e sobre o quanto ainda desconhecemos do nosso próprio planeta.

Conclusão: a arte invisível da natureza

O mundo natural é muito mais complexo e fascinante do que nossos sentidos podem captar. A visão animal do camarão-louva-deus-pavão e de outros animais, nos mostra que a realidade é muito maior do que imaginamos e podemos enxergar. Somos apenas espectadores limitados diante da riqueza sensorial de outras espécies.

Essa reflexão nos convida a enxergar a natureza com mais respeito e curiosidade. Afinal, enquanto nós acreditamos dominar a ciência da visão, há criaturas que nos provam que ainda estamos longe de compreender toda a arte escondida no olhar da vida! Isso não é fantástico?

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Gisella é Bióloga, formada pela Universidade de São Paulo (USP) e Tecnóloga Oftálmica, formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Ama artes, música, diversão e investimentos! Escrever tem sido sua paz atual, onde encontra tranquilidade para a mente! Gosta de compartilhar conexões com assuntos que domina e que está aprendendo a dominar! ❤️

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