Você já se pegou chamando uma sinfonia de Beethoven de “música clássica”? Ou talvez tenha ouvido alguém se referir a uma ópera como “erudita” e ficou na dúvida se era a mesma coisa? Apesar de muitos tratarem esses dois termos como sinônimos, música erudita e música clássica não são exatamente a mesma coisa. E é sobre essa diferença — e tudo que ela carrega de história, som e cultura — que vamos falar neste artigo.
Vamos, então, mergulhar nesse universo fascinante onde tradição, arte e técnica se encontram em composições que atravessam séculos. 🎶🎻🎹
O que é música erudita?
Antes de tudo, vamos esclarecer: música erudita é um termo amplo. Ele engloba toda música composta com base em técnicas refinadas, conhecimento teórico e estrutura formal. Geralmente, está ligada a um processo educacional mais elaborado, envolvendo partituras, regência, análise harmônica e muita prática.
Mas não pense que ela se resume a orquestras de terno e gravata. A música erudita pode ser grandiosa como uma ópera italiana, intimista como um solo de violoncelo ou até mesmo experimental, com instrumentos inusitados e dissonâncias provocativas.
Ela abrange vários períodos da história da música, como o barroco, o clássico, o romântico, o moderno e o contemporâneo. Ou seja, a música clássica é apenas uma parte da música erudita. Daqui a pouco explicamos melhor isso!

Imagem registrada por mim, no Theatro Municipal de São Paulo, em uma das apresentações de concertos musicais da Temporada 2025. Créditos da imagem: Gisella Grazioli, Junho/25.
O que é música clássica?
Agora vamos à estrela das confusões: a música clássica.
Apesar de ter virado um termo genérico para se referir a toda música “de concerto”, a verdade é que “clássica” se refere a um período histórico específico da música, que vai aproximadamente de 1750 a 1820. Esse período veio depois do barroco (época de Bach e Vivaldi) e foi marcado por equilíbrio, clareza e harmonia.
Entre os nomes mais famosos desse tempo estão:
- Wolfgang Amadeus Mozart
- Joseph Haydn
- Ludwig van Beethoven (em sua fase inicial)
As composições desse período geralmente seguem formas bem estruturadas, como sonatas, sinfonias e quartetos de cordas. São obras organizadas, com começo, meio e fim claros, e que muitas vezes buscam beleza na simplicidade e no equilíbrio.
Então, quando você ouve um concerto de Mozart, está ouvindo música clássica. Mas, quando escuta uma peça de Stravinsky ou uma ópera de Wagner, já não está mais no período clássico — embora continue no universo da música erudita.
Por que as pessoas confundem os dois termos?
Essa confusão é super comum — e compreensível. Vamos a algumas razões:
- A música do período clássico se tornou muito popular e representativa. Mozart, por exemplo, é quase sinônimo de música erudita para muita gente.
- O termo “música clássica” foi adotado pela indústria cultural para englobar tudo que não é música popular, incluindo barroco, romântico, moderno, etc.
- A mídia e a educação básica raramente explicam essa distinção, então os termos são usados de forma intercambiável — o que acaba reforçando o erro.
Mas a verdade é que, para quem gosta de arte e cultura, saber diferenciar os dois termos ajuda a ter uma escuta mais consciente e até mais prazerosa. Afinal, cada estilo tem suas particularidades e encantos próprios.

Outros estilos dentro da música erudita
Como dissemos antes, a música erudita é um guarda-chuva que abrange vários períodos e estilos diferentes. Vamos conhecer alguns deles?
🎻 Música barroca (1600–1750)
Caracteriza-se por estruturas ornamentadas, contraponto e intensidade emocional.
Compositores famosos: Johann Sebastian Bach, Antonio Vivaldi, Georg Friedrich Händel.
🎼 Música clássica (1750–1820)
Busca equilíbrio e clareza. É o “meio-termo” entre o exagero barroco e a intensidade romântica.
Compositores famosos: Mozart, Haydn, Beethoven (fase inicial).
🎶 Música romântica (século XIX)
Mais dramática e emocional, com orquestras maiores e composições que exploram sentimentos humanos.
Compositores famosos: Tchaikovsky, Chopin, Wagner, Brahms.
🎧 Música moderna e contemporânea (século XX em diante)
Explora dissonâncias, novas formas e até misturas com música eletrônica ou elementos do jazz.
Compositores famosos: Igor Stravinsky, Arnold Schoenberg, Philip Glass, Heitor Villa-Lobos (em parte de sua obra).
E no Brasil? Existe música erudita por aqui?
Sim, e das boas! A música erudita brasileira é rica, criativa e cheia de identidade própria. Não por acaso, temos nomes que se destacaram internacionalmente.
🇧🇷 Heitor Villa-Lobos
O maior nome da música erudita brasileira. Misturou influências europeias com temas populares do Brasil, criando uma obra única e cheia de brasilidade.
🎶 Camargo Guarnieri
Defensor da música nacionalista, buscava traduzir o espírito do povo brasileiro em sua obra.
🎼 Almeida Prado
Um dos compositores mais inventivos da nossa história recente, com obras que exploram desde o serialismo até influências místicas e planetárias.
Além disso, o Brasil conta com orquestras sinfônicas ativas, conservatórios, escolas de música e festivais importantes, como o Festival de Inverno de Campos do Jordão. Ou seja, a música erudita está viva por aqui — e merece mais atenção!
Curiosidades que valem uma pausa
- 🎻 Beethoven é um caso especial: começou no estilo clássico, mas sua obra evoluiu tanto que ele também é considerado um dos primeiros românticos.
- 🎬 Muitas trilhas sonoras de filmes são inspiradas em técnicas da música erudita. Compositores como John Williams (Star Wars, Harry Potter) usam formas sinfônicas em suas criações.
- 🎧 A música erudita não está presa ao passado. Novos compositores continuam criando peças incríveis, que dialogam com o mundo atual e até com a tecnologia.
- 📻 Algumas rádios e playlists digitais categorizam tudo como “clássico”, mesmo incluindo obras de diferentes séculos. Fique atento!

Saber ouvir também é uma forma de arte!
A diferença entre música erudita e música clássica pode parecer sutil à primeira vista, mas ela abre portas para entendermos melhor a evolução da música ocidental. Saber que a música clássica é apenas uma fase da música erudita nos ajuda a escutar com mais atenção, mais contexto e mais prazer.
No fim das contas, seja ouvindo uma cantata barroca, uma sinfonia romântica ou uma peça contemporânea cheia de sons inesperados, o importante é se permitir sentir. A música erudita não é só para especialistas ou intelectuais. Ela é para todos que têm curiosidade, sensibilidade e vontade de experimentar o poder da arte sonora.
Então da próxima vez que você der o play em uma composição de Mozart ou Villa-Lobos, já vai saber em qual caixinha encaixar — mas, mais importante do que isso, vai saber apreciar de verdade! Boa música pra você!
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Gisella é Bióloga, formada pela Universidade de São Paulo (USP) e Tecnóloga Oftálmica, formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Ama artes, música e diversão! Escrever tem sido sua paz atual, onde encontra tranquilidade para a mente! Gosta de compartilhar conexões com assuntos que domina e que está aprendendo a dominar! ❤️