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Você não vai acreditar no que aconteceu com o Robô que foi criado para trabalhar para sempre

Entenda a obra de arte robô Can’t Help Myself e porque virou metáfora potente sobre o cansaço da vida moderna...

Os geniais artistas Sun Yuan & Peng Yu em 2016, criaram o robô Can’t Help Myself. Ele ficou famoso na Bienal de Veneza de 2019, quando o público passou a observar, quase hipnotizado, a cena de uma máquina industrial tentando conter um líquido vermelho derramado ao seu redor — um trabalho repetitivo, eterno, aparentemente inútil, mas dolorosamente humano. A obra estreou no museu em Nova Iorque no final de 2016 e depois passou a circular internacionalmente.

O robô foi programado para manter o líquido dentro de uma área delimitada. Sempre que o “sangue” se espalhava, ele se movia para limpar, raspar, puxar, reorganizar. Mas nunca conseguia concluir sua missão. O líquido vazava de propósito, como parte do próprio sistema. Sua tarefa nunca terminava. 🤖☹️

Por que essa obra viralizou tantas vezes?

A força estética do absurdo

Embora fosse uma máquina industrial, ela parecia exausta. Seu movimento era brusco, às vezes desesperado, às vezes quase resignado. Essa ambiguidade entre humano e mecânico despertou empatia — e incômodo.

A metáfora da vida contemporânea

Nas redes sociais, muita gente viu no robô uma representação visual de como vivemos hoje:

  • trabalhando sem parar, mas nunca “chegando lá”;
  • tentando conter caos que sempre volta;
  • presos em sistemas que exigem produtividade infinita;
  • fazendo manutenções emocionais sem fim.
    Essa sensação universal de repetição — e falha inevitável — ajudou a transformar o robô Can’t Help Myself em símbolo cultural.

O significado por trás da obra

Uma crítica à vigilância e às fronteiras

Originalmente, a obra também tinha um subtexto político: comentar sistemas de controle, vigilância e poder estatal. O robô garante que nada ultrapasse a linha. Ele vigia e “limpa”, obedece e (importante), nunca questiona! 😭

A discussão sobre tecnologia e autonomia

O título Can’t Help Myself (“não consigo me ajudar”) sugere falta de escolha. Ele é controlado por códigos, algoritmos e ordens. A obra abre espaço para uma reflexão sobre:

  • até que ponto máquinas podem ser livres;
  • até que ponto nós somos tão automatizados quanto elas;
  • e como nos tornamos dependentes de rotinas que nos drenam, mas das quais não conseguimos sair.

Mas o que aconteceu com o robô?

A obra estreou no final de 2016 em Nova Iorque e foi exibida na 58ª Bienal de Veneza em 2019.

Quando o robô foi criado, as engrenagens até faziam alguns movimentos mais “alegres”, como se estivesse dançando ao realizar sua rotineira tarefa. Porém com o passar do tempo, seus movimentos se tornaram mais secos e contidos, com o único foco de realizarem seu trabalho, para mantê-lo “vivo”.

Após alguns anos de exposição, o robô passou, não só, a não conseguir mais limpar o líquido ao redor, como a fazer uma certa “sujeira” na área, respingando os vidros com o líquido vermelho e deixando o local todo sujo. Sua tarefa se tornou tão exaustiva, que em 2019, suas engrenagens pararam, enfim cansadas do trabalho eterno. 🤖😭

O que você achou do conteúdo de hoje?

Essa obra de arte é uma grande metáfora de como vivemos nossas vidas e como o trabalho repetido e sem sentido nos faz cair em tristeza e desmotivação. Não é a primeira vez que a Arte revisita essa condição humana. A figura de Sísifo, da Mitologia Grega, também dá conta de explorar a exaustão que um trabalho mecânico e repetitivo pode causar, quase como um castigo à vida humana. Sísifo foi castigado por Zeus a levar uma pedra até o cume de uma montanha, deixá-la cair e refazer esse ciclo até a eternidade.

No fim, essas obras representam mais do que o cansaço constante e mecânico, preso à uma tarefa sem fim: são o espelho da condição humana: esforçando-se, rompendo limites e tentando manter a motivação sem ajuda, nas nossas eternas condições impostas de trabalho, a que somos tão reféns. 🫩

Quando testemunhamos o robô parar, entendemos que o processo nunca foi dele — sempre foi o nosso! E isso é triste e perturbador..💭

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Gisella é Bióloga, formada pela Universidade de São Paulo (USP) e Tecnóloga Oftálmica, formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Ama artes, música, diversão e investimentos! Escrever tem sido sua paz atual, onde encontra tranquilidade para a mente! Gosta de compartilhar conexões com assuntos que domina e que está aprendendo a dominar! ❤️

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